No dia 9 de Maio de 2009 um grupo de 47 amigos decidiu juntar-se para um dia de diversão em Constância, a fazer canoagem.
A nossa viagem iniciou-se bem cedo, ainda com o sono a assombrar-nos as pálpebras. Longa, mas calma, a nossa viagem caracterizou-se pelas partidas entre os mais afoitos e irrequietos, pelos braços e corpos pintados dos que se deixavam levar pelo “João Pestana”. Eram cerca das 10 horas da manhã e já nos encontrávamos em Constância.
À hora de chegada, menos ensonados, vestimo-nos a rigor para a fantástica descida do Tejo, mas ainda assim havia gente que confundia as casas de banho masculinas das casas de banho femininas, o que levou a momentos de comicidade extrema e embaraço descomunal.
Prontos a pagaiar, com a explicação esclarecedora da nossa tutora para os principiantes nestas andanças, instalámo-nos nos kayaks respectivos e lá começamos a dita cuja árdua tarefa. A nossa expedição estava oficialmente iniciada. Escusado será dizer o quão hilariante foi ver os novatos a (tentarem) remar ou mesmo a tentarem fazer um percurso contínuo, em linha recta e não ziguezagueando pelo rio, conhecendo ambas as margens.
Entre barcos virados, pessoas atiradas ao rio, “kamikazes destruidores”, a chuva insignificante, gargalhadas estridentes, brincadeiras incessantes e cantorias desafinadas, a nossa jornada de cerca de 10km pelo rio Tejo foi-se passando. Quando parámos no Castelo de Almourol, com cabelos molhados, o corpo gelado e os pés petrificados, subimos pelas escadas incertas até ao topo, onde tivemos contacto visual com uma das mais belas paisagens naturais do nosso país. Sempre em movimento, a saltar e a pular, fomos ao encontro dos nossos kayaks para terminar o nosso trajecto até Vila Nova da Barquinha, agora como verdadeiros profissionais na arte de pagaiar, onde já não existiam kamikazes, mas sim pessoas com um desejo infindável de irem à água.
Chegados a Vila Nova da Barquinha, depois de secos, doridos e prontos a comer (até insectos se estivessem por perto), juntámo-nos todos para surpreender a nossa aniversariante cantora com um bolo de aniversário gigante, que todos agradeceram.
A viagem de regresso foi bastante mais calma, apesar de assombrada pelo medo aterrador das fotografias humilhantes de olhos fechados e boca aberta, mas ainda assim bastante animados e totalmente esgotados, sem parte alguma do corpo que não doesse.
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